domingo, 21 de março de 2010

O culto cristão


Ao prestar culto a Deus, o homem vivencia uma busca da comunhão entre o Criador e a criatura, aquele que tudo fez e quem com amor impar foi feito. Quando o homem cultua a Deus, ele tem a oportunidade de viver uma experiência que envolve júbilo, sentimento autêntico, alegria profunda e a responsabilidade de agradar aquele que é o Deus todo poderoso. Culto é um ato de Deus em favor de suas criaturas e que, a priori, favorece o próprio Deus. É Deus quem se permite ser adorado e assim atribui significado de vida aqueles que se prostram na prática de um culto aceitável diante de Deus O culto é um ato de profunda reverência e a atribuição de um valor absoluto ao cultuado. É uma incomensurável manifestação do esvaziamento do “eu” na busca do Deus que é amor, misericórdia e poder. Na liturgia existente na prática do culto há uma série de rituais com a finalidade de adorar publicamente a Deus. Onde há culto, há liturgia. E, com relação a liturgia, muitos cuidados precisam ser tomados e ações levadas à prática. Porém, ao vivenciarmos as práticas cultuais e o valor dado a liturgia, nos deparamos com grandes perigos. Às vezes, podemos ser levados a não cultuar, mas sim apreciar as manifestações humanas durante o culto. Promovemos um deleitar-se frente à criatura e deixamos em segundo plano o Criador. E o culto vai deixando seu significado e profundidade e passa a ser superficial e sem sentido verdadeiro. Os valores bíblicos se dissolvem em nossa pós-modernidade: triunfalismo, hedonismo, auto-ajuda, apreciação artística são algumas das armadilhas que permitimos fazer parte daquilo que deveria ser uma linda relação entre Criador e criatura. Muitos perigos podem tentar contra o culto cristão. Dois deles são: Não dar o devido lugar a pregação em detrimento da supervalorização da figura do pregador focalizando o culto na pessoa humana e não mais em Deus. E, o esquecimento do que pode representar uma oração. Começa a ser comum cultos onde já não há mais espaço para a oração e para ouvir a voz de Deus. É, então, chegado o momento onde não há mais espaço para a verdadeira adoração, em espírito e em verdade? Vivemos os dias em que não há mais lugares em nossas igrejas para àqueles que optam por carregar e sentir o peso da cruz? O Pai procura verdadeiros adoradores!

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